domingo, 7 de agosto de 2011

Não falar um pouco de trabalho as vezes, pra variar..

Sempre que eu começo a trabalhar demais... eu sempre trabalho demais... então digo, sempre que eu começo a passar dos limites no tocante ao trabalho, como nesses últimos quatro dias, eu paro, respiro, escolho um dos meus livros e leio alguma coisa nele. Eu sou uma apaixonada por livros... Amo principalmente aos livros velhos. Gosto da história secreta que eles guardam, além daquela contida em suas páginas amarelecidas. Mesmo que eu nunca venha a conhecê-la num todo, gosto da sensação e do saber que sou parte da historia de um livro. Aqueles de capa vermelho escuro, escrito em letras douradas, as páginas solidificadas pela ação da poeira ao longo das dezenas de anos, corroidas nas bordas... E dentro dele, eu me comovo, sempre que encontro, numa caligrafia perfeita, desenhada com capricho, o nome completo de alguém, de um ex dono, ou talvez, de um amor secreto deste. Suspiro ao tocar naquelas letras... Tantas sensações... eu daria tudo para ser uma espectadora do passado naqueles que leram o mesmo livro que eu. Amo livros de sebo, amo meus livros roubados, ao cumulo de justificar com o meu grande apreço, a desobediência ao 8° mandamento. Como me fascinam, o excelente português de Machado de Assis, os versos saltitantes de Shakespeare, sempre rodopiando, indo e voltando... indo e voltando... A dor avassaladora de Goethe, o baile de Mephisto, o dilema de Fausto, os Infernos de Dante, a epopeia de Odisseu, gregos, troianos e Helenas... meus eternos amores, meus amores mais que eternos...

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